sábado, 19 de novembro de 2011

Coluna Semanal: Professora Dani - 16 a 22/11



Falar sobre lugares, obras artísticas e artistas é uma maneira excitante de reviver tempos passados e tentar imaginá-los; mas conhecer lugares, culturas e pessoas diferentes nos faz realmente (re) viver momentos que são lembrados até hoje.
É um prazer estar relembrando sobre lugares, que até pouco tempo atrás também só eram reais na minha imaginação. Sempre comentando em aulas quem foi Leonardo da Vinci, suas obras, tempo histórico, técnicas de pintura e suas inúmeras qualidades; as grandes construções (castelos e palácios) de séculos passados e até mesmo as construções atuais; as comparações de uma cultura a outra, de um povo com o outro; enfim, tudo isso a base de pesquisa em livros, blogs, internet e amigos que já tinham conhecido estes “lugares famosos”.
Percebi que o entender e saber (livros, aulas, internet) é importante, mas quando conhecemos, vemos realmente, frente a frente lugares que só sonhávamos em estar, tomamos posse deste conhecimento e podemos falar com firmeza e certeza sobre o assunto.
França é lugar dos sonhos (ou mesmo dos meus sonhos). Seus imensos parques, uma Torre com proporções escandalosas, lugares e construções que são e serão eternamente conservados, pois o povo deposita valores para com suas tradições e cultura. Além disso, o que mais esperava encontrar era a famosa obra de Leonardo – A Mona Lisa. Ao olhar para a foto da Mona Lisa em um livro, já sabia o que iria encontrar no museu do Louvre, suas informações como tamanho e dimensão, o lugar onde ela estava no museu, quem a tinha feito e as diferentes versões que encontramos sobre ela. A experiência de estar à frente desta obra, tirar uma foto, dentro deste Museu; não tenho nem palavras para definir o que senti, pois foi maravilhoso e ao mesmo tempo inacreditável. Ao andar pela cidade e conhecer o demais lugares, tive a impressão de estar imaginando tudo aquilo, pois foi um momento surreal em minha vida. Concordo que de tanto comentar e dar ênfase a estes lugares em aula não sabia mais o que era real do que era contos de fadas, tantos castelos, monumentos, até mesmo pontes e arcos.
Compreendi que tudo visto nos livros até então era bonito, no entanto a emoção foi e neste momento está sendo inesquecível, agora que vivi o momento, falo com maior prioridade neste blog sobre o lugar e agradeço por viverem e compartilharem desta experiência.

Vejam algumas fotos:


Castelo da Cinderela 

Catedral de Notre Dame

Museu do Louvre



Palácio de Versalhes



Torre Eiffel

Profª. Dani

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Coluna Semanal: Professor Josué - 09 a 15/11


Copa do Mundo de futebol 2014:
orgulho ou vergonha?

            O Brasil será palco em 2014, da vigésima edição da Copa do Mundo de Futebol. Para os mais otimistas um orgulho, para os críticos uma vergonha.
            O maior vencedor de Copas, com cinco títulos (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002) o Brasil sediará o evento pela segunda vez, tendo a primeira ocorrida em 1950.
            Pois bem, um orgulho, “se concretizar”, em termos de infra-estrutura, criação de empregos, arrecadação de impostos, fomento ao turismo e uma vergonha em termos de transparência, atraso, improviso, falta de segurança, transportes etc.
            O país do futebol corre o risco de passar vergonha em 2014, pois as obras estão atrasadas, as greves dos operários são constantes, praticamente todas as exigências da FIFA são acatadas e estão usando o evento para alienar problemas maiores de nossa pátria como educação, saúde, habitação e ainda, nosso querido presidente da CBF está sem rumo e milionário.
            Somos um país jovem, com uma democracia em pleno desenvolvimento. Somos um povo trabalhador e que paga muito imposto e, estamos assistindo de camarote bilhões e mais bilhões de nosso dinheiro sendo usados sem planejamento e uma fiscalização adequada.
            Queridos alunos, é fato que acontecerá esse megaevento em nosso país, mas a pergunta é, qual será o legado da Copa 2014 para o esporte brasileiro?
            Por hora estamos sendo manipulados pelo nosso querido futebol e, enquanto isso, nosso governo não define quais são as prioridades da política esportiva de nosso país, não trata o esporte como política pública educacional, deixa menos de 1% do orçamento anual para o mesmo, trata muito mal o esporte social (voltado ao atendimento das camadas mais pobres da população, praticados nas escolas e bairros populares) e privilegia sempre o esporte de alto rendimento e megaeventos como Copa do Mundo e Olimpíadas.
            Ou seja, o esporte não é discutido como uma prioridade da sociedade brasileira. Agora quando se trata em megaeventos, se torna prioridade, por que será?
            Essa é uma oportunidade única de se transformar todo o sistema educacional do país e de apaixonar uma geração, pela prática do esporte e de mostrá-las o poder transformador que pode ter sobre uma sociedade. O Esporte é capaz de promover uma formação mais digna e plena das crianças. E então Brasil, a gente vai fazer uma festa “pra gringos” ou uma festa para todos?


Queridos alunos,
Não poderia de deixar de mostrar um pouquinho minha vida pessoal.


Mamãe e Sofia – momentos depois do parto
“Sentimento único e indescritível”



Josué e Ana Paula
“O amor da minha vida”


Adônis e Josué – Brasília 2006
“Curso de Equoterapia”
Josué - 1 aninho

Josué e Paula - Ubatuba - 2007

sábado, 5 de novembro de 2011

Coluna Semanal: Professor Mariswaldo - 02 a 08/11


Arroz de químico - O arroz soltinho

Olá galera, leitores desse blog bacana.
Mesmo aqueles que não tiveram aulas de química serão apresentados a uma substância que é muito importante para nós: O Amido, em especial o amido do arroz.
Olha ele aí... é essa farinha branca que vocês estão vendo na foto.


A seguir veremos a representação da molécula que existe nessa farinha encontrada no grão de arroz:


 Esta é a estrutura química do amido:


Difícil não?
Calma, amigo leitor, quero que olhe apenas para os átomos de oxigênio, marcados em vermelho.
Viu que vários deles estão com um H (hidrogênio) bem ao lado? Guarde essa imagem em seus neurônios.

Além do amido, quero lhes apresentar a água.
Ela é mostrada em sua menor representação, isto é, apenas uma molécula de água, aqui representada em três imagens.


Notaram  alguma coisa de semelhante entre elas?  Não?
Pois há uma região em cada uma dessas substâncias que torna a água e o amido semelhantes.
Observe os locais destacados nas figuras a seguir:



Pois é, ambas têm esse grupo que a gente chama de grupo hidroxi (ou hidroxila).
Aí você se pergunta: E o que tem isso de importante?
Bom meu caro leitor ... O título do artigo é “Arroz soltinho - O arroz de químico”.
Então, a idéia desse texto é produzir, quimicamente, um arroz soltinho.

Aí vocês pensam: Pô! Esse cara dá aula de culinária?
Não meu amigo, mas é bom você saber se virar na cozinha.
Sabe como é: quando você estiver cursando uma faculdade, mamãe não estará lá para fazer comidinha para você.
Tipo: Você vai ter que se virar! 
Há uma outra vantagem:
Nas repúblicas é normal alguém cozinhar, essa é a pessoa que não vai arrumar a bagunça depois do almoço.
Se você gosta de lavar louça, limpar fogão, arrumar as coisas, pode parar de ler agora, ou então voltemos ao amido de arroz e à água.
Observaram os grupos semelhantes?
Eles é que são responsáveis por aquele arroz grudento.
Por quê?
É simples: eles se atraem e se unem, e fazem o seu almoço virar uma papa grudenta.
Essa atração é chamada ligação de hidrogênio (Ponte de hidrogênio para os mais antigos).
A atração entre os grupos semelhantes vem representada na figura a seguir:
O amido devido a sua estrutura química retém a água. Esse fenômeno é chamado gelatinização:

Esse processo é muito interessante e é causado pelas ligações de hidrogênio.
Só que ele deve ocorrer no interior dos grãos.
Se deixarmos que ocorra na superfície, teremos um arroz empapado.
Para diminuir essa tendência natural devemos ter um objetivo, uma meta, ela será o segredo dessa receita de fazer arroz de químico – diminuir a atração causada pela ligação de hidrogênio.
Mas como fazer isso?
Será que você consegue arrumar alguma solução?
Pensou?
A minha sugestão é que você, supervisionado por um adulto (caso não seja um adulto), siga passo a passo a receita e procure ir identificando as variações que ocorrem nos grãos enquanto cozinhamos (estarei torcendo por você).
Pronto? Quer tentar?
Providencie um copo e um pacote de arroz de boa qualidade.
Uma panela, uma caneca para manter a água aquecendo, uma colher de pau e um fogão.
Óleo, manteiga, azeite (que são lipídios). Escolha aquele mais adequado para sua família. Sal também.
Deixe uma boa quantidade de alho e/ou cebola picados para usarmos no momento certo.
o Panela no fogão, o lipídio dentro dela (não exagere), acendao fogo do fogão.
Digamos que você fosse preparar quatro copos de arroz.
o   Coloque-os sobre o óleo e comece a mexer – você vai fazer isso por um bom tempo, sempre observando o aspecto dos grãos. Isso é o que se chama de refogar o arroz.
o   Pode colocar o sal agora, mas não exagere. Sal demais aumenta a pressão e esconde o verdadeiro sabor dos alimentos.
o   Observe que os grãos vão clareando, perdendo o aspecto âmbar e ficando com uma tonalidade de cor branca mais intensa. É isso que queremos.
Queremos causar a diminuição daqueles grupos OH das moléculas de amido da superfície do grão de arroz.
O aquecimento controlado causará o que chamaremos de Oxidação.
A oxidação vai retirar os grupos OH, ou o hidrogênio desse grupo.
Percebeu?
Sem o hidrogênio – H – não há como se formarem as ligações de hidrogênio que deixam o arroz empapado.
Mãos à obra, continuando:
o   Agora coloque alho e / ou cebola e qualquer outro ingrediente que queira (castanhas, nozes, cogumelos, camarão, etc.).
o   Continue mexendo sem preguiça.
o   Tudo bonito? Sinta o cheiro.
o   Agora é a hora da água fervente. Coloque água até atingir dois ou três dedos acima da superfície dos grãos.
o   Uma mexida final para misturar tudo, tampe a panela e deixe cozinhar.
o   Verifique sempre o nível de água. Quando ela baixar diminua a intensidade do fogo.
o   Sumiu toda água? Ótimo.
o   Hora de tirar da panela e dar uma agitada nisso.
o   Misture e veja o que você fez, se tudo der certo terá feito o arroz de químico.
Abraços e bom apetite!

Pode mostrar a receita para sua mãe agora.
Ela vai falar algo assim: “É muita frescura só para fazer um arroz!”
Respeitosamente devo me defender dessa:
O que fizemos foi uma experiência científica.
A cada momento, você seguiu um procedimento técnico que levou a observações consistentes sobre a natureza das substâncias e suas alterações.
E tem mais:
Você que agora me lê pôde verificar a validade de uma teoria.
Comprová-la ou não através de um experimento.
Essa é a ideia do aprimoramento da ciência.
Quer mais?
Você pode ainda, com o tempo, melhorar os rumos dessa pesquisa.
Isso meu amigo leitor – é um exemplo do método científico.
Obrigado.
Se gostaram dessa, em outra ocasião colocarei algo sobre temperar saladas quimicamente.
Abraços a todos.