quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Coluna Semanal: Professora Wania - 31/08 a 06/09


Em primeiro lugar quero parabenizar os responsáveis pelo blog por mais essa iniciativa. Acredito ser esse mais um meio para que nossos alunos nos conheçam um pouco mais, fora do ambiente escolar, longe do "palco de atuação", a sala de aula.
É necessário que eles saibam e compreendam que professor também chora, tem medo e inseguranças, mas também cantam, dançam, pulam de alegria e até gostam de expressar seus sentimentos através de singelos poemas .
Foi pensando nisso que resolvi aproveitar essa oportunidade e postar um poema que escrevi pensando nas crianças, que na verdade são nossa maior preocupação.
Aquela criança que sofre, que é sozinha, discriminada, passa fome, sem lar, sem amor, enfim... uma: 

"Criança Sem Esperança"
                                                       
Menino, moleque 
De coração serelepe
Suas aventuras... 
Travessuras 
Transparência 
Alma pura 
Daquele que não mente 
Se orgulha de ser valente
Feito gente de rua 
A buscar na senda escura 
A vida que alguém prometeu 
E não deu...
O carinho do aconchego 
Que não veio... 
O êxtase de alguém para amar 
Que não virá

Autoria: Wania Boscario Ribeiro.

Quero agradecer do fundo de minha alma à algumas pessoas especiais entre alunos, professores, funcionários e mantenedores  do colégio, pela força em um momento tão difícil de minha vida.
Vocês jamais serão esquecidos por mim e principalmente por Deus, que com certeza está olhando e aplaudindo os atos de amor e solidariedade de todos os seres da Terra.
A fé divina é sem dúvida, nossa melhor e maior aliada e, mais uma vez me ajudou a ultrapassar um grande obstáculo com sucesso.

Obrigada mais uma vez!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Coluna Semanal: Professora Caroline - 24 a 30/08


SOMOS 7 BILHÕES DE HABITANTES NO PLANETA… E AGORA?

A população mundial, graças a diversas medidas que fizeram com que a média de expectativa de vida das pessoas aumentasse, atingiu a marca de 7 bilhões de habitantes e as estimativas são de que, até o ano de 2045, o total de pessoas do planeta atinja os 9 bilhões de indivíduos. A preocupação, de muitos de nós, é: será que o nosso planeta agüenta?
Mais pessoas significam o aumento do consumo e também o aumento dos rejeitos, da ocupação do território, enfim da exploração de recursos naturais que, como sabemos, já têm sido muito desgastados. E nos perguntamos: haverá água potável suficiente? E comida? E energia? E como nos locomovermos? Sem dúvida, os números nos levam a refletir...
No fundo sabemos que não podemos continuar agindo da mesma maneira. Por exemplo, na questão da produção de alimentos, para “encher a barriga” dos 9 bilhões de habitantes que o planeta terá em 2045 – considerando as mudanças climáticas, as perdas de solo, o aumento das áreas de desertificação, a grande quantidade de água necessária para a produção de alimentos – seria preciso potencializar a produção de alimentos e reduzir os desperdícios.
Sim, reduzir os desperdícios ajudaria muito… na mesa dos brasileiros, por exemplo. No Brasil, em média, 20% dos alimentos comprados são jogados fora! Um grande desperdício da renda familiar e dos recursos naturais necessários para produzir esses alimentos. O desperdício também está presente na produção desses alimentos, em seu manuseio e transporte e em seu armazenamento nos mercados – portanto, grandes quantidades de alimentos são perdidas. Para quantificar esse desperdício, de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Brasil desperdiça cerca de 11 milhões de toneladas de alimentos todos os anos. Daria para alimentar muita gente…
Disponível em:
http://campanhacontraodesperdiciodealimentos.blogspot.com/2010/09/dados-s
obre-o -desperdicio-de-alimentos.html

Acesso em 21/08/2011 13h34
O planeta suportará os 7 bilhões de habitantes e depois os 9 bilhões previstos? Na minha opinião, vai depender se seremos capazes de intensificar as pesquisas que potencializam nossa produtividade e, principalmente, se vamos ser capazes – tanto produtores quanto consumidores – de mudar nosso comportamento e diminuir os desperdícios.
O problema, bem sabemos, vai muito além da produção e do desperdício de alimentos… a nossa sociedade – capitalista – caracteriza-se pelo consumo em demasia, por criar necessidades. Mas, podemos começar não deixando “sobrar comida no prato ou estragar alimentos nos armários” – óbvio, não? Boa sorte a todos nós!
Disponível em:
http://4.bp.blogspot.com/_cfGIHclPSBQ/TCKVULLTCwI/AA
AAAAAAAlI/298DP-QQkoM/s1600/desperdicio.jpg

Acesso em 21/08/2011 13h23
Assista ao vídeo produzido pela National Geographic para tratar da série de reportagens publicada na revista sobre os “7 bilhões de habitantes no planeta”, tem apenas 3 minutinhos. Veja:


Pensem nisso!


Professora Caroline

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Coluna Semanal: Professora Selma - 17 a 23/08


Trapezista

Querida, eu juro que não era eu. Que coisa ridícula! Se você estivesse aqui – Alô? Alô? – olha, se você estivesse aqui ia ver a minha cara, inocente como o Diabo. O quê? Mas como, ironia? “Como o Diabo” é força de expressão, que diabo. Você acha que eu ia brincar numa hora desta? Alô! Eu juro, pelo que há de mais sagrado, pelo túmulo de minha mãe, pela nossa conta no banco, pela cabeça dos nossos filhos, que não era eu naquela foto de carnaval no Cascalho que saiu na Folha da Manhã. O quê? Alô! Alô! Como é que eu sei qual é a foto? Mas você não acaba de dizer… Ah, você não chegou a dizer… ah, você não chegou a dizer qual era o jornal. Bom, bem. Você não vai acreditar mas acontece que eu também vi a foto. Não desliga! Eu também vi a foto e tive a mesma reação. Que sujeito parecido comigo, pensei. Podia ser gêmeo. Agora, querida, nunca, em nenhum momento, está ouvindo? Em nenhum momento me passou pela cabeça a idéia de que você fosse pensar – querida, eu estou até começando a achar graça -, que você fosse pensar que aquele era eu. Por amor de Deus. Pra começo de conversa, você pode me imaginar de pareô vermelho e colar havaiano, pulando no Cascalho com uma bandida em cada braço? Não, faça-me o favor. E a cara das bandidas! Francamente, já que você não confia na minha fidelidade, que confiasse no meu bom gosto, poxa! O quê? Querida, eu não disse “pareô vermelho”. Tenho a mais absoluta, a mais tranquila, a mais inabalável certeza que eu disse apenas “pareô”. Como é que eu podia saber que era vermelho se a fotografia não era em cores, certo? Alô? Alô? Não desliga! Não… Olha, se você desligar está tudo acabado. Tudo acabado. Você nem precisa voltar da praia. Fica aí com as crianças e funda uma colônia de pescadores. Não, estou falando sério. Perdi a paciência. Afinal, se você não confia em mim não adianta nada a gente continuar. Um casamento deve se… se… como é mesmo a palavra?… se alicerçar na confiança mútua. O casamento é como um número de trapézio, um precisa confiar no outro até de olhos fechados. É isso mesmo. E sabe de outra coisa? Eu não precisava ficar na cidade durante o carnaval. Foi tudo mentira. Eu não tinha trabalho acumulado no escritório coisíssima nenhuma. Eu fiquei sabe para quê? Para testar você. Ficar na cidade foi como dar um salto mortal, sem rede, só para saber se você me pegaria no ar. Um teste do nosso amor. E você falhou. Você me decepcionou. Não vou nem gritar por socorro. Não, não me interrompa. Desculpas não adiantam mais. O próximo som que você ouvir será do meu corpo se estatelando, com o baque da desilusão, no duro chão da realidade. Alô? Eu disse que o próximo som.. que… O quê? Você não estava ouvindo nada? Qual foi a última coisa que você ouviu, coração? Pois sim, eu não falei – tenho certeza absoluta que não falei – em “pareô vermelho”. Sei lá que cor era o pareô daquele cretino na foto. Você precisa acreditar em mim, querida. O casamento é como um número de… Sim. Não. Claro. Como? Não. Certo. Quando você voltar pode perguntar para o… Você quer que eu jure? De novo? Pois eu juro. Passei sábado, domingo, segunda e terça no escritório. Não vi carnaval nem pela janela. Só vim em casa tomar um banho e comer um sanduíche e vou logo voltar para lá. Como? Você telefonou para o escritório? Meu bem, é claro que a telefonista não estava trabalhando, não é, bem? Ha, ha, você é demais. Olha, querida? Alô? Sábado eu estou aí. Um beijo nas crianças. Socorro. Eu disse, um beijo.


Fonte: "As Mentiras Que Os Homens Contam" - Luis Fernando Veríssimo