quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Coluna Semanal: Professora Sandra - 28/09 a 04/10





Arte Interativa

Sabemos que a arte é um reflexo do seu tempo. A humanidade vai se transformando e a arte, que é sempre a expressão dessa humanidade, também vai traçando novos rumos, utilizando os materiais que vão sendo descobertos, traduzindo o tempo a qual pertencem.
Nesse contexto está a Arte Interativa.
Estamos acostumados a contemplar obras de arte e admirar sua beleza e técnica. No mundo contemporâneo (esse em que estamos vivendo) a arte ganha novos espaços.  O espectador é convidado a participar da obra de alguma maneira, uma participação ativa e indispensável. Sem ela a arte não acontece, é a arte interativa.
Alguns artistas conseguem isso fazendo o espectador andar pela obra, como grandes esculturas ou instalações, como essa de Ernesto Neto:



A atração principal da mostra da Exposição Mundial de Arte Clássica Interativa de Pequin, 2009 foi a versão feita de Mona Liza (Gioconda – 1503-5), de Leonardo Da Vinci (1452-1519), que como hostess recebia o público e ainda trocava uma idéia, claro, em mandarim. Graças à tecnologia da informação, era possível saber diretamente da Gioconda seu nome, idade e outros assuntos pessoais. Ela acenava para os visitantes e conversava com eles, inclusive pedia que se aproximassem.




Outros, como Helio Oiticica e seus Parangolés sugerem que o espectador, literalmente vista a obra como uma peça de roupa, ande e dance com elas, tornando-se parte da obra




Ainda outros trabalhos incluem computadores e sensores para responder a movimento, sons, calor ou outros tipos de estímulo.



Muitas obras de arte na Internet ou arte eletrônica são altamente interativas, fazendo o visitante navegar por hipertextos, aceitando que a participação ou a influência da audiência local ou remota altere o curso da obra.

O que todas elas têm em comum?  A sua participação. Conheça essa nova, atual e interessante forma de arte.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Coluna Semanal: Professora Juliana - 21 a 27/09


Fã (do inglês: fan [fn], de fanatic, Fanático") é uma pessoa dedicada a expressar sua admiração por uma pessoa famosa, grupo, idéia, esporte ou mesmo um objeto inanimado (por exemplo, um automóvel ou um modelo de computador).
Muitas vezes, fãs são organizados em fã-clubes e torcidas.


Por que escolhi falar sobre fã, ou sobre ser fã?
Os que me conhecem sabem o quanto eu gosto de música e o quanto eu gosto de um bom show, ainda mais se for de “rock and roll, baby!”.
Essa paixão começou ainda cedo, na infância. Enquanto todas as meninas adoravam a Xuxa, eu gostava da Angélica, do Dominó, do New Kids on the Block... E juro, fui ao show de cada um desses artistas acima citados...rsrs 
Os anos se passaram e o gosto musical se apurou (obrigada pai, mãe e irmã mais velha). Como não fui abençoada com o dom de tocar instrumentos ou de cantar, coube-me o dom de admirar boas bandas, boas letras e melodias, e bons vocalistas.
Fui apresentada ao rock e aí uma sensação indescritível me invadia a alma cada vez que ouvia esse som melodioso e cheio de “pegadas”. 
Primeiras bandas? The Beatles, Queen, Scorpions, Led Zeppelin, Elvis Presley, Raul Seixas, Cazuza... mas aí surgiram as paixões individuais, próprias da minha adolescência - Nirvana, Pearl Jam, Guns ´n Roses, Stone Temple Pilots e o U2. 
Ah, o Bono... Para entender essa paixão desmedida, vejam: 


Foi a primeira visão do paraíso e paixão à primeira vista!
Daí cresci mais um pouco, virei adulta e foi-me permitido assistir aos shows de alguns dos meus ídolos da adolescência. A lista ainda é pequena, mas considerável.
Começou em dezembro de 2005 com o Pearl Jam, show antológico no Estádio do Pacaembu. Logo após, para meu delírio, em fevereiro do ano seguinte, foi a vez do U2 no Estádio do Morumbi. Era a turnê “Vertigo Tour”. Cara, dormi na calçada para pegar um bom lugar na pista e sabem de uma coisa? O Bono pegou na minha mão! Mas a Globo não filmou...
Ainda nessa lista entram Madonna, Scorpions, Metallica, U2 (de novo em 2011) e logo mais, em novembro, tem Pearl Jam. 
Seguem algumas fotos que comprovam os fatos!

Show da Madonna
Show do Metallica
Show do Metallica - II
Show do Scorpions
Show do U2
Show do U2 - II

Do time dos 'brazucas' vale à pena citar O Rappa, Barão Vermelho, Capital Inicial, Rita Lee, Skank e Titãs.
Ah, tem Rock in Rio e SWU logo mais. Se alguma banda que você gosta muito for tocar, e se seus pais autorizarem, vá! A sensação de estar perto do seu ídolo é indescritível! Chorei muito em todos os shows, vi marmanjos barbados chorando ao ver James Heatfield entrar no palco... cara, é demais!
Mas fica uma dica: vá para se divertir, curtir um bom show e ouvir uma boa música, alimente-se e hidrate-se com muita água.
Eu garanto que serão um dos melhores momentos de suas vidas, daqueles que a gente tem uma vida toda para contar...

Com carinho, 


Profa. Juliana.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Coluna Semanal: Professor Roberto Carlos - 14 a 20/09



A Beleza das Coisas

Quisera ser capaz de reconhecer a beleza das coisas
Expressá-las de forma a emocionar àqueles que não podem ver
Quisera falar apenas sobre coisas amenas, sem importância
Conseguir levar a vida de um jeito mais suave
Queria poder decifrar o mistério contido em cada sorriso ou gesto tímido
Afinal, com quem falamos quando estamos sozinhos?
Por que temer que nos ouçam sussurrar frases incompreensíveis?
Não pense que ninguém se importa
– isso nem mesmo é possível
Mais difícil é apenas olhar e não tocar, pensar e não falar
Cada centímetro de nosso ser é composto de desejos abstratos
Pedaços de verdade jamais revelados
– sempre velados pela consciência
Tudo se foi agora, nada mais é como poderia ser
Meus sonhos liberam imagens inéditas de você
O sentido das coisas teima em se refugiar em meu travesseiro
O mundo cabe agora dentro do meu peito
A janela aberta pelo vento traz notícias daquele velho amor
Esquecido em alguma esquina boêmia, gelada e escura
Não posso me esquivar das memórias que me açoitam
Nem das luzes que revelam a intenção em meus olhos
Grito por socorro e outros mais necessitados se juntam a mim
Ninguém pode realmente ficar só nesse mundo
Nem mesmo depois da morte mais trágica e insólita
Basta buscar conforto entre os miseráveis que sofrem como eu
A noite busca a luz como eu busco conforto em você
As rosas precisam da chuva como eu preciso de você
Não entendo meus desejos – menos ainda a ausência de satisfação
Não entendo o mísero egoísmo diante da infinita necessidade de amar
Não entendo a avidez da morte diante dessa insaciável vontade de viver!



Por Roberto Carlos de Oliveira

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Coluna Semanal: Professora Claudia - 07 a 13/09



Sobre aquelas velhas dúvidas: Ser ou não ser? Quem somos? Para onde vamos? E outras...
Pois bem, ultimamente ando pensando muito nelas. Nossa atual sociedade, nos oferece conforto (não para todos), cura para muitas doenças, avanços tecnológicos inimagináveis e outras tantas conquistas. Mas ainda padecemos de misérias muito primitivas, do corpo e da alma.
Não tenho respostas, apenas algumas opiniões que passo a dividir com vocês agora, através desta crônica. Boa leitura á todos e vamos refletir... Quem sabe encontramos um caminho que nos torne verdadeiramente “evoluídos”, pois falando em dúvidas, não sei se somos tanto assim...


A Involução na Evolução

Diante da fantástica evolução vivida pela humanidade, desde os seus primórdios a esta data, poderíamos dizer que esta constatada involução seria um verdadeiro paradoxo. Mas, à luz dos fatos, não nos escusamos em afirmar categóricamente, sem qualquer sofisma, a presente tese: caminhamos numa rota involutiva dentro da própria evolução da humanidade.


Ao voltarmos nossos olhos para a extraordinária evolução alcançada pela humanidade, desde o seu habitat nas cavernas, passando pela descoberta do fogo, dos utensílios de pedra, da pólvora, da bússola, a observação telescópica dos astros, até as grandes descobertas astronômicas, com suas sondas e viagens interplanetárias, sem falar no grande salto dado na área das comunicações, via satélite, onde o computador, associado à Internet e, ainda, o grande e extraordinário desenvolvimento na área biológica, com o seu moderníssimo e avançado mapa genético a utilização das células-tronco, embrionárias, e tantas outras conquistas; podemos constatar uma evolução inimaginável ao homem de Neandertal.


No entanto, lamentavelmente, devemos reconhecer que houve, e continua havendo, desmedida involução no campo social. Basta olharmos para a vida atual de nossa sociedade, onde o respeito e a dignidade regrediu ao tempo das cavernas, à mais absoluta barbárie.


Ocorre, porém, que no bojo de todo o desenvolvimento do conhecimento humano, bem como, no respectivo avanço científico e tecnológico, constatamos paralelamente na área social, a presença de ações incompatíveis com este crescimento.


A partir do desequilíbrio social que graça pelo mundo, onde a fome aniquila as sociedades, onde parte considerável dessa sociedade vive abaixo da linha da miséria e os que a superam pouco mais alcançam, senão, o suficiente para a sobre-vida. Onde o interesse materialista confronta com o bem social, provocando guerras, ditas religiosas, mas que, na verdade, têm em seu fundo apenas e tão somente a exploração de bens naturais, tais como água potável, minérios, pedras preciosas e outros bens, especialmente o petróleo. Onde as sociedades urbanas aglomeram-se em guetos, nos quais, homens de má índole subjugam os seus semelhantes através das drogas alucinógenas, associadas ao uso dos mais sofisticados armamentos. Onde, no afã de subtrair um relógio ou o mísero salário de um aposentado, que vive a fase final de sua existência terrena, cria-se o motivo para o homicídio, via de regra de forma bárbara e hedionda. Onde o estupro de mulheres e crianças fazem parte do cotidiano jornalístico, sem falar num dos mais hediondos crimes, já corriqueiros em nossa sociedade: os sequestros, políticos ou extorsivos. Onde, inclusive, a desagregação familiar, mola mestra de grandes distúrbios sociais, vai num crescendum estratosférico. Onde a depredação do meio ambiente se faz constante e permanente rumo ao caos. Onde o poder público, constituído com o fim precípuo de promover o equilíbrio e o respeito social, tem-se mantido ausente e, por vezes, faccioso em favor das classes dominantes. Isto posto, concluímos, tristemente, pela vivência da inexorável involução a par evolução humana, culminando neste inaceitável e inexplicável retrocesso da civilização dita evoluída.
E desta forma fica no ar a questão até hoje não respondida: PARA ONDE CAMINHA A HUMANIDADE ?




Por Nicanor Filadelfo Pereira